sábado, 12 de março de 2011

Destino, o Vazio de Frank Herbert

Esse era o quinto navio tripulado por clones que saía da Base Lunar dentro do Projeto Conscientiza e, cumprindo com as exigências de seu dever, inclinou-se para o monitor para observá-lo atentamente. Na imagem o via transbordando a órbita de Plutão e nesses momentos, como ele sabia, a tripulação já se teria encontrado com as frustrações programadas de costume, e possivelmente, inclusive com alguns mortos e feridos graves. Mas esse era o plano.
Chamava-se Terrestre Número Cinco.
O navio tinha a forma de um ovo gigantesco, uma de cujas metades se estendia como uma negra sombra recortada na cortina de fundo das estrelas em tanto que a outra metade refletia os brilhos chapeados do longínquo sol.
Uma tosse nervosa ressonou na escuridão detrás dele, mas conseguiu sufocar o reflexo de tossir a sua vez. Outros careciam de seu autocontrole. Para quando se apagaram as tosses a nave já tinha começado a girar. O movimento era impossível…, mas não havia forma de negar o que todos estavam vendo. Deu uma volta de cento e oitenta graus invertendo seu curso e voltando a empreender o atalho que seguia antes.

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