O Livro dos Cinco Anéis (em japonês, Go Rin No Sho) é um texto sobre Kenjutsu e artes marciais de um modo geral, escrito por Miyamoto Musashi em 1645. É considerado o tratado clássico sobre estratégia militar do Japão, numa linha semelhante à Arte da Guerra, escrito pelo estrategista chinês Sun Tzu.
O Livro é dividido em cinco capítulos, cada qual com seu respectivo elemento. No primeiro capítulo, chamado Terra, trata sobre o Caminho da Estratégia pelo ponto de vista do estilo Niten Ichi Ryu. Neste capítulo, Musashi diz que considerava difícil enxergar o Verdadeiro Caminho através apenas do treino com a espada, advertindo que devemos observar e conhecer as menores e as maiores coisas; as mais superficiais e as mais sutis e profundas.
No segundo capítulo, o livro da Água, o autor nos diz que jamais entenderemos os princípios descritos lendo, memorizando ou imitando. A interpretação leviana nos desvia do caminho, portanto, se ao invés disso pudermos realmente sentir, deixar que tomem conta de nosso corpo, estaremos longe de erros.
O terceiro capítulo é o do Fogo o assunto é a luta, a estratégia em si, e fica bem claro que o estilo Niten Ichi era baseado na eterna prática e disputa, onde ele nos alerta que muitos usando apenas espadas de bambu, treinavam questões insignificantes da destreza.
O quarto livro é chamado de livro do Vento. Neste livro analisa outros estilos contemporâneos, comparando-os a seu estilo.
Por último, há o livro do Vazio, que segundo o autor é um termo que ele usa para designar aquilo que não tem começo nem fim. Ao entender esse princípio, significa que não estamos atendendo o princípio, e assim como foi dito no capítulo do Fogo, os princípios devem ser entendidos internamente, com o coração, e não seguidos à risca, sendo assim, a partir do momento que não entendermos o princípio, mas sim sentirmos e vivenciarmos, percebendo que todas as coisas estão interligadas e que o Caminho é um só, lá estará o Vazio, “quando a atitude se tornar não-atitude e a espada se tornar não-espada”, como encontramos no livro da Água, ou seja, quando agirmos livre de ânsia de resultado e com propósito desembaraçado. (“Pois vontade pura, desembaraçada de propósito, livre de ânsia de resultado, é toda via perfeita”).
Fonte: Wikipédia
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